PERSONAGENS EGÍPCIAS


Hosni Mubarak

Biografia: Licenciou-se quando jovem pela Academia Militar em 1949 e pela Academia da Força Aérea Egípcia em 1950. Assumiu posições de comando na Força Aérea entre 1966 e 1969. Em 1972, o presidente Anwar el-Sadat nomeou-o comandante-chefe daquele ramo das Forças Armadas. O seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel em 1973 valeu-lhe a promoção a marechal, que lhe foi concedida em 1974.
Em 1975 Sadat nomeou-o para o cargo de seu vice-presidente. Nos anos que se seguiram, Mubarak esteve envolvido em importantes negociações diplomáticas com outros países do Oriente Médio. Foi o principal mediador na disputa do território do Saara Ocidental, entre Marrocos, Argélia e Mauritânia.
Após o assassinato de Sadat, tornou-se presidente do Egito, em 1981, sendo reeleito por quatro vezes: em 1987, 1993, 1995 e 1999. Renunciou à Presidência, em fevereiro de 2011, após quase trinta anos no poder, em meio a sérios distúrbios populares.

Seu governo foi marcado por progressos nas relações com os países árabes e pelo arrefecimento das relações com Israel, especialmente após a invasão israelense do Líbano, em 1982. Mubarak reafirmou o tratado de paz com Israel em 1979, ao abrigo dos acordos de Camp David, e cultivou boas relações com os Estados Unidos da América. Durante a Guerra do Golfo, posicionou-se ao lado dos EUA, contra as intenções expansionistas do Iraque de Saddam Hussein. Desempenhou também um papel importante na mediação do acordo entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina, assinado em 1993.
Em 2004, Mubarak afirmou, em entrevista ao Le Monde, que considera existir um "ódio sem precedentes" contra os Estados Unidos nos países árabes (entre os quais se inclui o Egito), motivado pela proteção econômica e militar concedida pelo governo norte-americano a Israel.
Recebeu o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal a 19 de Agosto de 1983.

Fortuna: Segundo fontes da imprensa mundial, a família do presidente do Egito, Hosni Mubarak, tem uma fortuna espalhada pelo mundo, que segundo a ABC News, rede norte-americana de TV, gira entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões. O presidente teria construído sua fortuna a partir de contratos das Forças Armadas, na época em que ele era oficial da Aeronáutica. Quando se tornou chefe de governo, em 1981, começou a diversificar o patrimônio. “As pessoas já o consideram abertamente um líder corrupto”, disse Amaney Jamal, professora de ciência política na Universidade de Princeton. De acordo com o The Guardian, jornal de Londres, Mubarak e a família têm capitais em bancos britânicos e suíços, e fortes investimentos imobiliários em grandes metrópoles como Londres, Nova Iorque e Los Angeles, além de áreas junto ao Mar Vermelho.
A população jovem se revoltou depois de conviver por anos em alta taxa de desemprego e situação de pobreza enquanto o Presidente Mubarak acumula riquezas absurdas à custa de corrupção e impunidade nos desvios de recursos públicos.
Os investimentos que fez ao longo de 30 anos no poder foram, na sua maioria, aplicados no estrangeiro; o jornal Al Khabar referia, no ano passado, os exemplos de Manhattan e Beverly Hills, nos dois extremos dos Estados Unidos.

Protestos em Janeiro de 2011 e derrocada:

Em Janeiro de 2011, estimulados pela queda do chefe do governo autoritário da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali, centenas de milhares de egípcios iniciaram protestos exigindo a renúncia de Mubarak ao redor do país, principalmente nas cidades do Cairo, Alexandria e Suez. Em 1° de fevereiro de 2011, mais de um milhão de pessoas - segundo a rede de televisão Al Jazeera - tomam a praça Tahrir, no Cairo, na maior demonstração contra Mubarak até então. Protestos maciços também ocorreram em outras cidades do Egito, como Alexandria e Suez, no mesmo dia em que Mubarak declarou que deixará o cargo após eleições previstas para o mês de Setembro, onde afirmou que não as disputará.
Em 11 de fevereiro de 2011, Mubarak renunciou juntamente com seu vice. Foi noticiado que o poder será repassado para um Conselho Militar

Julgamento e condenação:

Após deixar o poder em 2011, Mubarak que aparentava estar doente fisicamente e em um hospital no Egito, compareceu a todas as sessões do julgamento após sofrer um ataque cardíaco, durante os interrogatórios judiciais foi julgado e condenado a prisão perpétua por crimes de guerra e contra a humanidade. Mubarak foi sentenciado pela morte de 850 manifestantes da revolução egípcia de 2011.




Anwar Al Sadat

       Nascido numa família egipto-sudanesa pobre, de treze filhos e filhas, formou-se na Academia Real Militar no Cairo, diplomando-se em 1938 e atuando no corpo de telecomunicações. Participou do Movimento dos Oficiais Livres, cujo objetivo era libertar o Egito do controle britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, foi aprisionado pelos britânicos pois, em suas atividades contra a ocupação britânica, havia procurado obter ajuda do Eixo, participando de uma rede de espionagem em favor do Afrika Korps. Em 1944, consegue fugir, mas, em 1946, é preso novamente, após ser implicado na morte do ministro pró-britânico Amīn ʿUthmān, permanecendo na prisão até 1948.
Em 1952, participou do golpe de Estado que destronou o Rei Farouk I. Mais tarde, em 1969, depois de exercer várias posições no governo egípcio, foi escolhido para vice-presidente do presidente Gamal Abdal Nasser. Quando este morreu, no ano seguinte, Sadat tornou-se presidente.

Em 1973, Sadat, junto com a Síria, liderou o Egito na Guerra do Yom Kippur contra Israel, tentando recuperar partes da Península do Sinai, que fora conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Quando Israel prevalecia nesse conflito, a primeira vitória de Sadat guiou a restauração da moral egípcia, preparando o terreno para um acordo de paz que viria muitos anos depois. Por este motivo, Sadat ficou conhecido como o "Herói da Cruzada".
 

Menachem Begin, Jimmy Carter e Anwar Sadat em Camp David (1978).
Em 19 de Novembro de 1977, Sadat torna-se o primeiro líder árabe a visitar oficialmente Israel, altura em que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e falou perante o Knesset, em Jerusalém. Fez a visita a convite de Begin, na tentativa de obter um acordo de paz permanente, enquanto muitos do mundo árabe se sentiram ultrajados por essa aproximação com Israel. Em 1978, tal tentativa resulta no Acordo de Camp David, pelo qual Sadat e Begin recebem o Prêmio Nobel da Paz.
Entretanto, a ação foi extremamente impopular no Mundo Árabe, e especialmente entre os fundamentalistas muçulmanos, que acreditavam que apenas a ameaça ou o uso da força faria Israel negociar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e o acordo de Camp David removia as possibilidades do Egito, maior potência militar árabe, ser parte dessa ameaça. Como parte do acordo, Israel retirou-se da Península do Sinai, retornando a área inteira para o Egito em 1983.

Assassinato
Em 6 de Outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e a entrega da Faixa de Gaza para o Estado Judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, Cairo no Egito.

Família
Sadat foi casado duas vezes. Divorciado de Ehsan Madi, casou com Jehan Raouf (mais tarde conhecida como Jihan Sadat), que tinha apenas 16 anos, em 29 de Maio de 1949. Tiveram três filhas e um filho. Jihan Sadat recebeu o prêmio Pearl S. Buck de 2001.
A autobiografia de Anwar Sadat, Em Busca da Identidade foi publicado nos Estados Unidos em 1977.


Gamal Abdel Nasser

Político e militar egípcio (15/1/1918-28/9/1970). Nasce em Alexandria. Ainda criança, muda-se para o Cairo, onde vive com um tio, adversário político dos britânicos, que ocupam o país até 1936 e depois lá permanecem por mais 20 anos, no controle do Canal de Suez.
Em 1937 frequenta o curso de direito por alguns meses, mas abandona os estudos e ingressa na Real Academia Militar no ano seguinte. A difícil situação econômica do Egito após a II Guerra Mundial e a derrota dos árabes nas guerras árabe-israelenses (1948-1949) - causadas pela criação do Estado de Israel - provocam protestos contra a monarquia.

Nasseré um dos fundadores do Comitê dos Oficiais Livres, que luta contra a corrupção e a dominação britânica no Egito e derruba o rei Faruk em 1952. Nasser assume o poder e em 1956 é eleito presidente, dando início à reforma agrária e à industrialização do país. Em 1956 nacionaliza o Canal de Suez e proíbe navios israelenses de cruzá-lo.

Israel reage e, com o apoio de tropas inglesas e francesas, ocupa a zona do canal. Estados Unidos (EUA) e União Soviética interferem, contornando a crise e devolvendo o canal aos egípcios. Em 1958 Nasser promove a fusão do Egito com a Síria, criando a República Árabe Unida (RAU) - a união, porém, só dura até 1961. A derrota para Israel em 1967, na Guerra dos Seis Dias, enfraquece o governo. Nasser pede demissão, mas é confirmado na Presidência em plebiscito. Morre no Cairo.

Rei Farouk


Rei Faruk I do Egito (árabe: فاروق الاول) (Cairo, 11 de fevereiro de 1920 – Roma, 18 de março de 1965) foi o ultimo rei do Egito (1936-1952), sucedendo a seu pai, Fuad I, em 1936. Sua irmã Fawzia foi Rainha do Irã por um breve período. Seu título completo era "Sua Majestade Faruk I, pela graça de Deus, Rei do Egito e do Sudão, Soberano da Núbia, do Curdufam e de Darfur".
Faruk era contrário ao estabelecimento de um goveno democrático representativo. Sua aproximação de Abd al-Aziz III ibn Saud, rei da Arábia Saudita, é considerada a base da fundação da Liga Árabe. A ameaça de invasão estrangeira, desigualdade social, corrupção administrativa, pobreza do povo e a derrota na luta contra os israelenses, em 1948, abalaram o governo do rei Faruk. Seu governo foi marcado por sérias rivalidades internas. O descrédito na monarquia era total. Faruk foi destronado em 1952 por um grupo de jovens militares pertencentes à sociedade secreta denominada "Oficiais Livres", dirigida por Gamal Abdel Nasser.

Vida pessoal
Faruk casou virgem em 1938, aos 18 anos, com Safinez Zulficar. Sendo ainda jovem, ingênuo e romântico, Faruk mudou legalmente o nome de sua esposa para Farida, que significa "a única". Ela, porém, não retribuiu o cumprimento, tendo vários amantes.
Ferido pela infidelidade de Farida, Faruk resolveu retribuir na mesma moeda. Uma de suas primeiras amantes foi Fatima Toussoun, esposa de seu primo, o príncipe Hassan Tousson. No entanto, com 23 anos, Faruk começou a ter crises de impotência. O fato é que seus genitais não estavam plenamente desenvolvidos. Faruk passou a consultar especialistas em hormônios e se tornou um perito em afrodisíacos. Poções de amor usadas no tempo dos faraós foram preparadas. Ele tentou anfetaminas, haxixe com mel, tabletes de cafeína e pó de chifre de rinoceronte. Consumiu enormes quantidades de ostras e ovos. Estava convencido de que pombo e manga também curavam impotência. Os diversos tratamentos tiveram resultado. Em onze anos de casamento, Farida lhe deu três filhas.
Logo após o divórcio, Faruk casou-se com Narriman Sadek. A cerimônia de casamento foi tão opulenta que parecia ter saído das páginas de As mil e uma noites. Houve então uma lua-de-mel de quatro meses na Europa - provavelmente uma das luas-de-mel mais dispendiosas e luxuosas da história. Após terem um filho em 1952, o casal se separou. Faruk apaixonou-se depois por Irma Minutolo, que foi a sua amante até o fim da vida.

Naguib Mahfouz:

         Nascido em uma família muçulmana de classe média baixa no quarteirão Gamaleyya do Cairo, Mahfouz foi assim chamado devido ao professor Naguib Mahfouz Paşa (1882-1974), o renomado médico copta lhe trouxe ao mundo. Mahfouz foi o sétimo e o filho mais novo de uma família que tinha cinco meninos e duas meninas. A família vivia em dois bairros populares da cidade, inicialmente em el-Gamaleyya, de onde se mudaram em 1924 para el-Abbaseyya, então um subúrbio do novo Cairo. Ambos os bairros serviram como cenário para muitos dos escritos de Mahfouz. Seu pai, a quem Mahfouz descreveu como tendo sido "antiquado", foi um funcionário público e Mahfouz mais tarde seguiu seguiu seus passos. Em sua infância, Mahfouz lia com voracidade. Sua mãe levou-o muitas vezes a museus e a história egípcia mais tarde se tornou um tema importante em muitos de seus livros.
       A família Mahfouz era muçulmana devota e Mahfouz teve uma educação estritamente islâmica. Em uma entrevista, ele dolorosamente descreveu o clima religioso severo em seu lar durante sua infância. Afirmava que "Você nunca teria pensado que um artista poderia surgir a partir dessa família".

A Revolução Egípcia de 1919 teve um forte efeito sobre Mahfouz, embora na época tivesse apenas sete anos de idade. Da janela, viu muitas vezes os soldados britânicos dispararem contra os manifestantes, homens e mulheres. "Você poderia dizer," ele revelou mais tarde, "que a coisa que mais abalou a segurança da minha infância foi a revolução de 1919." Depois de completar o ensino secundário, Mahfouz ingressou na Universidade Rei Fouad I, hoje conhecida como a Universidade do Cairo, onde estudou Filosofia, graduando-se em 1934. Em 1936, depois de passar um ano dedicando-se a obter um mestrado, decidiu se tornar um escritor profissional. Mahfouz trabalhou então como jornalista em er-Risala, e contribuiu para o el-Hilal e o Al-Ahram. A maior influência egípcia no pensamento de Mahfouz sobre ciência e socialismo na década de 1930 foi a de Moussa Salama, o intelectual da Sociedade Fabiana.
Mahfouz deixou a academia e seguiu uma carreira no Ministério dos Assuntos Religiosos. No entanto, logo foi transferido para um cargo no Ministério da Cultura como o oficial responsável pela indústria cinematográfica, devido ao seu aparente ateísmo.
Funcionário público civil por longo tempo, Mahfouz serviu no Ministério das Doações de Mãos-mortas e depois como Diretor da Censura no Escritório de Arte. Deixou seu posto como Diretor da Censura e foi nomeado diretor da Fundação de Apoio ao Cinema. Foi um editor contribuinte para o principal jornal, el-Ahram, e em 1969 se tornou um consultor do Ministério da Cultura, aposentando-se em 1972.
Mahfouz permaneceu solteiro até os 43 anos de idade. A razão de ter se casado tarde foi que ele tinha a convicção de que o casamento, com suas inúmeras restrições e limitações, dificultariam seu futuro literário. Em 1954, casou-se com uma mulher egípcia, com quem teve duas filhas.
Publicou 34 romances, mais de 350 contos e dezenas de roteiros de filmes e cinco peças ao longo de 70 anos de carreira. Muitas de suas obras foram transformadas em filmes de língua árabe. Foi um membro do conselho da editora Dar el-Ma'aref. Muitos dos seus romances foram serializados em el-Ahram e seus escritos também apareceram em sua coluna semanal, "Ponto de Vista". Antes do Prêmio Nobel apenas alguns de seus romances tinham circulado no Ocidente.
      Entre 1939 e 1944 publicou as suas primeiras três novelas, todas ambientadas no Antigo Egipto.
A partir de 1956 Mahfouz passou a abordar a sociedade árabe contemporânea, com Al-Thulathiyya (A Trilogia do Cairo), que retrata a vida de três gerações de famílias do Cairo entre a Primeira Guerra Mundial e o golpe que terminou com a monarquia no Egipto em 1952.
Em 1959 o romance Awlad haratina, traduzido em português como Os Filhos do Nosso Bairro, foi banido no Egipto devido à controvérsia levantada pelo recurso a personagens alegóricas, representando Alá, personagens bíblicas (Caim e Abel) e profetas do Islão, entre os quais Maomé, Moisés e Jesus..
Devido ao facto de ter declarado o seu apoio ao presidente Anwar Al Sadat no tratado de paz assinado entre o Egipto e Israel em 1979, os seus livros seriam banidos em vários países árabes. Cerca de metade das novelas de Mahfouz foram adaptadas ao cinema, tendo os filmes sendo exibidos um pouco por todo o mundo árabe.
       Em 1988 tornou-se o primeiro escritor de língua árabe a receber o Nobel de Literatura. O presidente da Liga Jordana de Escritores chamou o escritor de "delinquente". No Egito, o presidente Hosni Mubarak recusou-se a cumprimentá-lo. Porém, na Europa e nos Estados Unidos seus livros foram sucesso de venda.
Durante a controvérsia dos "Versículos Satânicos" de Salman Rushdie expressou publicamente o seu apoio a Rushdie.

       Em 1994, enquanto saía da sua casa no Cairo, foi esfaqueado no pescoço por um fundamentalista islâmico, cuja acção foi inspirada na declaração emitida pelo clérigo radical Omar Abdel-Rahman, segundo a qual os livros de Mahfouz constituíam blasfémia e que o escritor merecia morrer.
Em Julho de 2006 foi internado num hospital do Cairo devido a problemas pulmonares e renais. Faleceu a 30 de Agosto de 2006, tendo as exéquias do escritor se realizado na mesquita de Al-Rashdan, na capital egípcia.



OM KOULSOUM - A DIVA DA MÚSICA

(1904 - 1975)



Todo país tem sua diva da música imortal. Para os egípcios, esta era e é Om Koulsoum (ou Umm Khultum). Ela é um verdadeiro mito. Todos os títulos possíveis para aclamá-la foram e continuam sendo utilizados, mesmo após três décadas de sua morte.

Cantava músicas que arrebanhava multidões e arrebatavam seus corações.

Cantava amor e poesia com extrema intensidade. Seus recitais foram verdadeiros cultos. Cada música durava mais de uma hora, e sempre se apresentava com vestido longo e um echarpe de musselina na mão. Utilizava óculos escuros para proteger sua vista já doente. Não se tratava de uma figura que encantava pela beleza. Seu encanto estava na voz: grave, quente, chorosa e penetrante.


As letras de suas músicas, feitas por diversos compositores, exaltavam nas canções a vida rural e camponesa do Egito. O folclore egípcio em si.


Nascida em 1904, começou a cantar a partir de 1935, se tornando conhecida através do rádio e da indústria do disco.

Foi recebida em muitos países em que ia como verdadeiro chefe de estado.

Veio a falecer em fevereiro de 1975, vítima de hemorragia cerebral. Centenas de milhares de pessoas participaram de seu funeral. A multidão ensandecida tomou posse de seu caixão e levou-o para uma mesquita.


Suas canções ainda hoje são absoluto sucesso e cultuadas por todo o povo do Oriente Médio. Egípcios ao entoarem suas estrofes, ficam com lágrimas nos olhos.


Compositores criaram músicas para ela, entre eles Mohammed Abdel Wahab (um monstro sagrado das canções egípcias), compôs uma dezena de seus grandes sucessos, entre eles "Enta Omri" ("Você é minha vida"). A letra de Enta Omri foi escrita por Ahmed Chafik Kamel.


Criaram um museu em sua homenagem e também cunharam moedas de ouro com sua efígie. Sem dúvida alguma, Om Koulsoum vive!

Mohamed Abdel Wahab



        Wahaab nascido em (13 de março de 1907 - 04 de maio de 1991) foi um proeminente do século 20, o cantor árabe egípcio e compositor. Ele compôs a "Ya Beladi" (também conhecido como"Líbia, Líbia, Líbia") o Hino Nacional da Líbia utilizado pelo Reino da Líbia 1951-1969 e novamente pelo governo pós-Gaddafi de transição em 2011. ele também compôs o hino nacional da Tunísia "Humat al-Hima".

    Nascido em Bab El-Shaariyah área do Cairo, Egipto (onde está a sua estátua), Abdel Wahab tocava oud antes de o Príncipe dos Poetas, Ahmed Shawqi. Abdel Wahab atuou em vários filmes.Mohammed Abdel Wahab era um amigo muito próximo aos entescantor Abdel Halim Hafez.

      Apesar do fato de que Abdel Wahab compôs muitas canções e peças musicais em música árabe clássica, ele sempre foicriticado por sua orientação para a música ocidental. Na verdade, ele introduziu os ritmos ocidentais para músicasárabes de uma forma adequada para as formas conhecidas demúsicas árabes. Por exemplo, ele introduziu em 1941.


em sua canção "Al Gondol" o ritmo da valsa, e em 1957, ele introduziu orock and roll em ritmo canção de Abdel Halim Hafez "Ya Ya AlbiKhali".

Abdel Wahab tocou oud antes de o Príncipe dos Poetas, AhmedShawqi, e atuou em vários filmes. Ele compôs dez músicas deUmm Kulthum (أم كلثوم). Ele foi o primeiro cantor egípcio para passar de era silencioso agindo para singing.He morreu deinsuficiência cardíaca. Ele foi entrevistado em um programamais famoso chamado "ALNAHR ALKHALED" o rio imortal.Esse show foi um briefing grande sucesso seu grande biografia dele pessoalmente.

Uma das maiores obras entre ele e a grande cantora Oum Kalthum foi a musica Inta Omri e foi o primeiro encontro entre eles.
E ótima composição dele e também cantada por ele foi a musica Men Gher Leh.





Abdel Halem Hafez


     Abdel Halim Hafez: عبد الحليم حافظ (21 de junho de 1929 - 30 março de 1977), está entre os mais populares cantores egípcios e árabes e artistas, além de cantar, Halim foi também um ator, um maestro, homem de negócios, professor de música e produtor de cinema, ele é considerado um dos Quatro Grandes da música árabe (junto com Umm Kulthum, Abdel Wahab Mohammed, e Farid Al Attrach). [1] [6] [8] Seu nome é por vezes escrito como 'Abd el -Halim Hafez. Ele é conhecido como el-Andaleeb el-Asmar (O Rouxinol de pele escura Grande, em árabe: العندليب الأسمر, Ele também é conhecido como um ícone na música árabe moderna Sua música ainda é jogado diariamente em todo o.
Nascido em El-Halawat, em Ash Sharqiyah Governorate, a 80 km (50 milhas) ao norte do Cairo, Egito, Abdel Halim Ali Shabana, ele era o quarto filho de Sheikh Ali Ismail Shabana. Ele tinha dois irmãos, Ismail e Maomé, e uma irmã, Aliah. Sua mãe morreu de complicações de trabalho de três dias após dar à luz a ele - algo que fez as pessoas ao redor dele acreditam que ele é uma "má sorte". Seu pai morreu cinco meses depois de deixar ele e seus irmãos órfãos em uma idade jovem. Ele viveu em um orfanato pobre por um período de tempo. [4] Mais tarde, Ele foi criado por sua tia e tio, no Cairo. Durante esses anos, Abdel Halim era extremamente pobre.

Um-de-uma espécie de Abdel Halim habilidades musicais se tornaram aparentes primeiro, enquanto ele estava na escola primária e seu irmão mais velho, Ismail Shabana foi seu primeiro professor de música. Em 11 anos de idade ingressou no Instituto de Música Árabe, no Cairo, e ficou conhecido por cantar as canções de Mohammed Abdel Wahab. Ele se graduou no Instituto Superior de Música Teatral como uma

Enquanto cantava em clubes no Cairo, Abdel Halim foi elaborado como um substituto de última hora, quando o cantor Karem Mahmoud era incapaz de cantar uma performance ao vivo de rádio programada no desempenho 1953.Abdel Halim foi ouvida por Mohammed Abdel Wahab, o supervisor de programação musical para egípcio rádio nacional. Abdel Halim levou "Hafez", primeiro nome Abdel Wahab, como seu sobrenome estágio em reconhecimento do seu patrocínio
Na vida a sua carreira cedo, Abdel Halim foi rejeitado pelo povo para o seu novo estilo de cantar. No entanto, ele persistiu e foi capaz de ganhar elogios mais tarde. Então, ele se tornou uma cantora favorita entre todas as gerações

Abdel Halim do colaborou com o compositor Mohammed Abdel Wahab para produzir muitas canções de amor populares como Ahwak ("eu te amo"), Minen Nebtedi el Hekaya ("Se fôssemos contar a história"), e Ganbina Fatet ("Ela veio entre nós "). Hafez também trabalhou com o poeta egípcio Mohammed Hamza sobre músicas, incluindo Zay El Hawa ("Parece que o amor"), Sawah ("The Wanderer"), Teftekerni Hawel ("Tente se lembrar de mim"), Aye Damiet Hozn ("Qualquer lágrima de tristeza "), e Mawood (" Promised / Você está acostumado a ").
Durante sua carreira, ele era muito popular e sempre realizado em esgotados arenas e estádios. Apesar de sua popularidade, ele raramente lançou um álbum de estúdio em sua vida como era puramente uma cantora ao vivo Ele também tocou diversos instrumentos muito bem, incluindo o oboé, bateria, piano, oud, clarinete e violão. Ele estava envolvido em todos os aspectos da criação de suas canções, Halim trouxe muitos novos instrumentos para o mundo árabe. Ele era conhecido por sua profunda paixão em suas canções e sua voz altamente original e rara, Ele sempre cantou de sentimentos verdadeiros e honestos profunda dentro. Halim fez apresentações em quase todos os países do mundo árabe e algumas apresentações fora do mundo árabe, incluindo vários concertos na Europa. Ele costumava encorajar e ajudar muitos jovens artistas e atores para se tornar sucesso

Na idade de 11, Abdel Halim contactado esquistossomose, doença rara transmitida por água parasitária, e era extremamente periodicamente e dolorosamente afligido por ele durante a maior parte de sua carreira. Apesar disso, ele manteve-se positiva e nunca parou de criar e executar suas músicas. No entanto, ele também estava sempre lá para seu país, apesar da doença.
Abdel Halim nunca se casou, embora persistem rumores de que ele estava se casou secretamente com a atriz Soad Hosny por seis anos. Isso nunca foi provado por qualquer pessoa. Pessoas que estavam perto de dois cantores se recusou esse rumor.
Hafez é dito ter caído no amor uma única vez, em sua juventude, com uma jovem cujos pais se recusaram a permitir que eles se casem. [Carece de fontes?] Depois de quatro anos, seus pais finalmente aprovado, mas a menina morreu de uma doença crônica antes o casamento. Abdel Halim nunca se recuperou da sua perda, e dedicou muitas de suas canções mais tristes de sua memória, incluindo Fi Youm, Shahr Fi, Sana Fi (في يوم, في شهر, في سنا Em um dia, um mês, um ano) e do pungente Qariat el-Fingan (A cartomante). [carece de fontes?]
Halim muitas vezes deu dinheiro e comida a instituições de caridade, e aos pobres diretamente, toda a sua vida. Halim freqüência foi para orfanatos e hospitais em todo o Oriente Médio para doar dinheiro, ensinar música e ajudar as pessoas de lá. Em 1969 Halim construiu um hospital no Egito para ajudar as pessoas. Ele fez os pobres, os ricos, e os presidentes todos iguais no mundo árabe.
Abdel Halim estabeleceu amizades fortes com muitos presidentes e reis contemporâneos do mundo oriental, incluindo Gamel Abdul Nasser do Egito, e Hussan Rei de Marrocos. Ele também tinha amizades muito próximas com a maioria dos poetas egípcios.

Abdel Halim morreu de insuficiência hepática em 30 de março de 1977 (poucos meses antes de seu aniversário de 48) durante o tratamento para esquistossomose no Kings College Hospitalem Londres. Sua morte trouxe ondas de tristeza e choque para todo o mundo árabe como resultado, seu funeral (no Cairo) foi assistido por milhões de pessoas, mais do que qualquer funeral na história do Oriente Médio que não seja do presidente Gamal Abdel Nasser, Ele tinha muitos mais sonhos e objetivos que queria alcançar e superar e poderia ter, mas sua morte prematura impediu Além disso, algumas pessoas cometeram suicídio, uma vez que ouviu Halim morreu. Relata-se que pelo menos quatro mulheres cometeu suicídio pulando da sacada durante sua marcha fúnebre enorme. Ele foi enterrado em Al Rifa'i Mesquita (مسجد الرفاعي) no Cairo.


Samia Gamal

     (em árabe: سامية جمال, nascido como Zainab Ibrahim Mahfuz, 05 de março de 1924 - 01 de dezembro de 1994) foi uma dançarina do ventre egípcia e atriz de cinema.
Nascido na pequena cidade egípcia de Wana, em 1924, a família mudou-se Samia apenas dois meses depois para o Cairo e se estabeleceram perto do bazar Khan El-Khalili. Foi muitos anos depois que Samia Gamal conheceu Badia Masabni, o fundador da dança oriental moderna. Badia oferecido Samia um convite para participar de sua companhia de dança, que Samia aceito. Badia Masabni lhe deu o nome artístico de Samia Gamal, e ela começou sua carreira de dança.


Samia Gamal e Farid Al-Attrach no movieAfrita egípcio hanem (Genie Lady) (1949)
Na primeira, ela estudou com Badia Badia e dançarino da estrela na época, Tahiya Karioka. No entanto, ela logo se tornou uma solista respeitada e trouxe à luz o seu próprio estilo. Samia Gamal incorporou técnicas do balé e dança latina em suas apresentações solo. Ela também foi a primeira a se apresentar com sapatos de salto alto no palco. Ela estrelou dezenas de filmes egípcios ao lado do famousFarid Al Attrach. Eles poderiam ser facilmente considerado como theFred Astaire e Ginger Rogers do Oriente Médio. Eles não só jogou o interesse de cada um deles o amor no cinema, mas também na vida real. No entanto, seu amor não era para ser. Devido à posição social de Farid, ele se recusou a casar com Samia. Farid acredita que o casamento mata o talento do artista, [1] ele nunca se casaram até que ele morreu. Alguns afirmam que Farid como um príncipe drusos, disse a ela que iria trazer muita vergonha de sua família para se casar com uma dançarina do ventre. Mas essa afirmação não tem fundamento. Farid ajudou a colocar Samia no Palco Nacional, arriscando tudo o que possuía, e conseguiu pedir para produzir um filme (Habib al OMR) co-estrelando com ela em 1947. Em 1949, o rei do Egito, Farouk proclamou Samia Gamal "A Dancer Nacional do Egito", que trouxe atenção dos EUA para a bailarina.

Em 1950, Samia foi para os EUA e foi fotografada por Gjon Mili. Ela também se apresentou Bairro inLatin (boate), a discoteca da moda de Nova York. Ela casou-se com o chamado "milionário do Texas" Shepherd King III (que, mais tarde foi relatado, na verdade só tinha cerca de US $ 50.000). Tudo isso trouxe para proporções estrelas em os EUA.
No entanto, seu casamento não durou muito tempo. Em 1958, Samia Gamal casou Roshdy Abaza, um dos mais famosos atores egípcios com quem Samia estrelou uma série de filmes também. Samia Gamal parou de dançar em 1972 quando ela estava quase em seus 50 anos, mas começou novamente depois de conselho dado por Samir Sabri. Ela então dançou até o início de 1980.
Samia Gamal faleceu em 01 de dezembro de 1994, aos 70 anos de idade no Cairo, Egito. Performances carismáticas de Samia em filmes egípcios e internacionais deram reconhecimento de Dança Oriental e admiração no Egito e no mundo. Ela foi e ainda é profundamente lamentada pela comunidade de dança.


Tahiya Karioka

(em árabe: تحية كاريوكا) também Tahiya Mohamed (nascido como: Badaweya Mohamed Kareem Al Nirani), (22 de fevereiro de 1919 - 20 de setembro de 1999) foi uma dançarina do ventre egípcia e atriz de cinema. Nascido na cidade egípcia de Ismailia para Mohamed Kareem, Tahiya foi desencorajado de realizar como dançarina por sua família. Devido às diferenças familiares que não puderam ser resolvidas com seu pai e irmãos, ela se mudou para o Cairo para ficar com um velho vizinho, Suad Mahasen, dono de um clube nocturno e um artista. Tahiya pediu várias vezes para o emprego na boate Suad, mas recusou-se a empregar Suad ela devido à disreputability de trabalhar em um clube noturno. No entanto, muitos dos associados da SUAD e amigos tornou-se familiarizado com Tahiya através de várias visitas à casa de Suad. Todos eles 

aconselhados Suad para adicioná-la ao um dos shows como uma menina de coro, mas ainda assim ela se 
recusou. Logo, Tahiya foi mencionado para Badia Masabni, o proprietário do Casino Opera, um dos clubes mais importantes da época. Badia oferecida uma posição em sua trupe para Tahiya. Tahiya aceitou e foi dado o nome de estágio Tahiya Mohamed. Ela logo começou a ganhar popularidade como uma dançarina solo e como ela se tornou mais experiente que aprendeu uma dança popular de Samba Brasil na época chamado de Karioka. Depois que ela se tornou conhecida como Tahiya Karioca. Tahiya começou estrelando em filmes durante o que é apelidado como a indústria do cinema egípcio "era dourada". Ela era um dançarino talentoso, cantor e ator.
Tahiya foi casado 14 vezes, entre os seus maridos eram o ator e dramaturgo Rushdy Abaza Fayez Halawa. Tahiya era incapaz de conceber os seus próprios filhos e, portanto, aopted uma filha (Atiyat Allah). Tahiya 
também estava muito envolvida com crianças da sua irmão. Tahiya mais tarde se mudou para Londres.
Tahyia morreu em 20 de setembro de 1999 de um ataque cardíaco.

Warda

nasceu em 17 de julho de 1939, em Puteaux, França, para uma mãe libanesa e pai argelino. Ela começou a cantar com a idade de 11 em 1951. Ela rapidamente se tornou conhecido por seu canto de canções patrióticas argelinos. Quando ela se casou em 1962, no entanto, seu marido a proibiu de cantar. Em 1972, o argelino Houari Boumédienne presidente pediu-lhe para cantar para comemorar a independência da Argélia, e ela se apresentou com uma orquestra egípcia. Como resultado seu casamento acabou, e ela dedicou sua vida à música.

Ela então se mudou para o Egito, onde se casou com o compositor Baligh Hamdi. Ela realizou muitas de suas canções e de outros compositores árabes, de forma rápida ascensão à fama e lançando vários álbuns por ano. Além disso, ela atuou em alguns filmes.
No auge da Panarabism, Gamal Abdel Nasser solicitou que Warda ser dado um papel em uma produção por Mohammad Abdelwahhab intitulado Minha Pátria Grande (Watani Al-Akbar). A canção foi executada pelas maiores estrelas da época, incluindo Abdel Halim Hafez, Shadia, Sabah, Nagat Al-Saghira e Kamel Faida. A canção denunciou o colonialismo e pediu para um povo unido árabes para derrotar a ocupação estrangeira (veja Particionando do Império Otomano).



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